Cenas Marcantes #07 – Páginas Duplas

Páginas DuplasPorque as vezes apenas uma página é muito pouco.

Como sempre o twitter me ajuda bastante na hora de procurar pauta para novos posts aqui no blog, e com esse Cenas Marcantes não foi diferente. Dessa vez foi com a ajuda do ojudeuateu e seu tumblr que mostrava páginas de mangás que eram incríveis. Então eu resolvi fazer minha própria seleção aqui no ChuNan com as páginas duplas de mangás mais incríveis e que mais me marcaram. Para esse post pedi ajuda para o Dih, uma vez que eu realmente leio poucos mangás. Então as cinco primeiras páginas duplas são minhas e as 5 últimas são do Dih. Pedimos para vocês colocarem as páginas duplas que vocês se lembram também, afinal é assim que vamos completar esse post com cenas maravilhosas! Se você quiser ver a imagem completa, é só clicar para ver a página em tamanho maior.

Já avisamos que dependendo da aceitação do pessoal, essa postagem pode ganhar uma “Parte 2”, afinal muitas coisas boas e lindas que deveriam estar aqui, acabam perdendo seu espaço. E mais uma vez lembrem-se: Isso é apenas um post com “gostos”. Não existe nada aqui que torne essa seleção a melhor do mundo. Não confundam as coisas.

NOTA: Esse post estará repleto de spoilers. Continue a leitura por sua conta e risco, mas saiba que com certeza verá alguma cena aqui ou nos comentários de alguma série que provavelmente você está lendo. Não nos responsabilizamos depois.

Naruto

Pain destrói a vila de Konoha

Naruto é tratado como uma história infantil e boba pela maioria das pessoas, mas é um mangá que eu tenho bastante carinho apesar de seus altos e baixos. Foi o primeiro anime que eu vi no PC, que não aguentava rodar RMVB’s e assisti a maioria dos episódios da fase clássica em slow motion, para vocês terem uma noção. Acompanhei por pelo menos 400 capítulos com a idéia que Konoha era uma das vilas mais poderosas daquele mundo, que conseguiu ficar de pé mesmo após a invasão do Orochimaru e a vila da Areia.

Então temos a saga do Pain, em que ele simplesmente começa a fazer uma chacina na vila, matando desde personagens secundários até principais como o Jiraiya e Kakashi, dois dos meus favoritos. Quando não parece que vai piorar temos uma primeira página dupla em que o vilão se eleva até os céus, e sem entender o porque todos se perguntam o que está acontecendo. Em seguida uma segunda página dupla devastadora. A vila é quase que inteiramente destruída por um Shinra Tensei, que transformou prédios e possivelmente pessoas em pó. E isso tudo para depois nos dar uma das melhores lutas do mangá, que fez o personagem principal amadurecer muito e os leitores gostarem muito dele. Claro, depois o autor fez a covardia de ressuscitar todos os personagens que morreram ali na vila, que tirou muito o impacto que esse arco poderia ter tido na história.

Berserk

Desespero e traição

Gosto muito de Berserk e também não consigo gostar… É, vou tentar explicar. A história é muito boa, os desenhos são ótimos e não é só um mangá onde você pode ver sangue e peitinhos femininos. O problema é que eu sempre acabo me sentindo mal ao ler o mangá, repleto de ódio, vingança, sofrimento, sangue, que são elevados com a qualidade da arte realista que o autor possui, e com apenas um personagem bem pequeno para ser um alivio cômico, mesmo assim aparecendo bem pouco. Essa realmente não é uma série recomendada para menores de 18 anos, um dos poucos que eu digo isso e também não recomendaria para alguém com cabeça fraca.

Depois do primeiro arco temos uma volta ao passado de Gutts, conhecemos o bando do Falcão e seu líder Griffith. Temos toda uma base de pelo menos 9 mangás apenas com esse passado, começamos a gostar de alguns personagens e até do protagonista, mesmo sabendo que por algum motivo ele ia se tornar um assassino sanguinário de demônios sem um braço e um olho. E minha página dupla escolhida é o começo do fim, onde descobrimos que todos ali são parte de um sacrifício para um novo rei demônio e o culpado por isso é o maldito Griffith. Depois desse capitulo temos uma carnificina que dura 2 volumes pelo menos, com todos sendo devorados e mortos pelos demônios em um banquete. Tudo que lemos nessa terrível parte é bem representada pela única palavra nessa página: Desespero.

Slam Dunk

Rukawa e Sakuragi

Sabe, dá pra fazer só um Cenas Marcantes desse tipo com Slam Dunk, mas é uma coisa que não posso fazer no momento, preciso decidir apenas uma entre várias para estar em destaque. Que se dane o post é meu mesmo, decidi falar de outras duas e que ninguém reclame. A primeira é essa aqui  onde temos uma cesta decisiva feita por um personagem que ninguém pensaria: Kogure. O importante dela não é a cena em si, mas todo o passado do personagem, a dedicação que ele teve durante todo o colegial para estar ali naquele ponto e conseguir fazer o arremesso de 3 pontos. A outra que eu gostaria de falar é a foto final do time do Shohoku após a partida contra o Sannoh, ali descobrimos que eles perderam na próxima partida por causa da exaustão do machucado do Sakuragi e é triste pensar que eles não conseguiram nem
chegar a capa da revista mesmo após vencer o melhor time do país.

Só que apesar de tudo, tenho que colocar uma das páginas mais clichês desse tipo de lista, acho que alguns já deveriam saber que ela estaria aqui. Rukawa e Sakuragi nunca se deram bem, isso vem desde o primeiro volume do mangá. A última partida estava totalmente a favor do adversário e mesmo assim Sakuragi nunca perdeu a confiança, mesmo com um ferimento nas costas que poderia até acabar com sua carreira de jogador. Então temos os dois últimos lances onde temos algo que nunca foi pensado pelos leitores, os dois rivais trocam passes e conseguem trazer a vitória para o time! E no fim das partidas os dois se cumprimentam em uma página dupla incrível e bem desenhada onde você consegue até ver o movimento que eles fizeram.

Great Teacher Onizuka

O nascimento de uma estrela?

Ainda não consegui terminar de ler GTO, na época que eu comecei o scanlator estava levando o projeto bem devagar e acabei esquecendo onde parei. Mas ainda lembro muito bem do arco da aluna Nomura Tomoko, que sofria bastante maltrato dos seus colegas de classe e até mesmo dos pais. Ela não possui realmente nenhum objetivo na vida, é um tanto lerda e o seu desejo era ter pelo menos um amigo. Onizuka resolve se aproximar dela enquanto a garota brincava com uns bonecos em um parquinho, conhece um pouco mais sobre a sua aluna e resolve ajuda-la, claro que daquela maneira que só ele pode fazer.

Ele a inscreve em um concurso de beleza, que contava com a participação de uma das garotas da classe que ela admirava muito e a culpada por Tomoko ser tão maltratada. E chega a última parte do concurso, a garota não está nada confiante após não ir tão bem nas outras etapas e o Onizuka apenas diz para ela ser a mesma de sempre. Depois disso temos uma ótima cena dela encenando com bonequinhos. Lembrando que no anime modificaram e mesmo assim ficou boa, com ela ligando para a amiga que tanto a discriminou. No final é essa página dupla com todos a aplaudindo.

Gantz

Um adeus dolorido.

Uma personagem adicionada no meio da trama pode ser muito importante, pelo menos foi isso que a Tae me ensinou em Gantz. É só você ver como é o personagem Kurono hoje em dia e comparar com o mesmo lá nos primeiros capítulos. A mudança tanto de personalidade, como de atitude veio com o começo do relacionamento entre os dois e o legal é que no começo ela era vista como uma garotinha feia. Aos poucos ela vai crescendo no coração do garoto. Ele não participa mais das missões por causa da diversão e sim para sobreviver um dia a mais com ela.

Só que o problema vem quando ela o vê em ação e o Gantz manda todos para matarem a garota como se fosse um Alien. O grupo acaba se dividindo entre matar ou não, mas o maldito Izumi consegue convencer alguns para o seu lado e acaba virando uma briga generalizada com a garota no meio. A página dupla que está aqui é o golpe final que a mata, causando um desespero tanto no Kurono quanto em mim. Ainda bem que após isso nos é explicado que após 100 pontos, uma pessoa poderia reviver alguém da memória do Gantz. (Sim eu reclamei disso em naruto, mas é completamente diferente u.u)

Death Note

Just according to keikaku.

Death Note é aquele tipo de mangá que dificilmente surgirá nas páginas da Jump nos próximos 5 ou 10 anos. Alguns tentaram, mas sem sucesso, alcançar a fórmula que fez o principal mangá de Takeshi Obata e Tsugumi Ohba (me desculpe Bakuman) ter um boom mundial tão grande. Apesar da notável queda de rendimento na segunda metade do título, Death Note continua sendo um mangá extremamente “adulto” para uma revista como a Shonen Jump, o que o fez alcançar os mais variados leitores para a revista e para a obra, sendo um sucesso em sua versão anime, cinema e tudo relacionado.

Um dos grandes pontos fortes de Death Note sempre será a eterna luta entre L e Light, e o desenrolar da mesma. Eram dois personagens extremamente inteligentes e provaram isso a cada cena e batalha travada entre os dois. A página dupla escolhida é uma das mais marcantes da primeira metade da série, quando Light recupera sua memória ao tocar no Death Note, tudo de acordo com o seu “keikaku” usado para disfarçar sua real identidade de L. Simplesmente fantástico. A arte de Obata e todo o ambiente criado pela história foram simplesmente sensacionais.

Hunter x Hunter

A plenitude da morte.

Danem-se os hiatos, as preguiças de Togashi e tudo mais. Quando ele quer, o desgraçado sabe fazer algo de nível inimaginável, que poucos mangakas conseguem dominar. Hunter x Hunter tem diversas cenas que podem ser enquadradas como épicas, espalhadas por sagas realmente empolgantes, bem elaboradas e que prendem os leitores de uma forma simplesmente encantadora, mesclando cenas belas, tensas e que fazem a garganta engolir a seco. Sim, eu sou um fã descarado da obra e do autor, apesar de tudo.

A cena acima representa o real fechamento da melhor e mais empolgante saga do mangá, Chimera Ants. Quem imaginaria que aquele Rei ditador, arrogante, violento, matador
e sem nenhum tipo de piedade por ninguém, poderia ter esse final tão belo e puro com uma das melhores personagens do mangá, a Komugi? Essa cena me fez chorar (é, eu sou uma manteiga, vocês já sabem) e me fez perceber “acabou”. Foi um desfecho com chave de ouro, regado a drama, tristeza e de uma maneira que só o Togashi sabe fazer.

JoJo’s Bizarre Adventure

“Olá, irmãozinho.”

Recentemente enquanto visitava a interwebs encontrei uma série que a muito tempo me atraía e que eu ainda não havia dado a devida atenção pela grande quantidade de capítulos. Porém, descobri que a série era dividida em várias “sagas” e resolvi me aventurar na primeira de JoJo’s Bizarre Adventure, um dos mais famosos e melhores mangás da Shonen Jump. E eu posso dizer que não me arrependi nem um pouco de ter lido todos os capítulos em apenas um dia. Foi simplesmente fantástico! Tudo que um verdadeiro shounen deve ter, com ação, uma trama melancólica, tensa e que lhe faz querer comer um capítulo após o outro.

Porém o grande destaque de JoJo além dos seus diversos protagonistas (cada parte do mangá conta com um “JoJo” diferente) é o seu vilão Dio Brando, o primeiro e considerado principal antagonista da série. O cara é simplesmente sensacional! Um dos melhores e mais fantásticos vilões que eu já vi! Ele não tem escrúpulos e não poupa os métodos para alcançar suas ambições, passando por cima de seu irmão de criação, o próprio JoJo. A batalha deles é de um nível inimaginável, principalmente quando Dio alcança o seu poder de “vampiro”, o tornando uma criatura imortal. Essa cena representa toda a beleza e a marca de arrogância do personagem. Leiam JoJo! Leiam!

Tenjho Tenge

O despertar do Dragão.

Essa imagem sofreu para estar aqui. Eu vou explicar. Tenjho Tenge é de autoria de um dos meus mangakas favoritos, Oh! Great, autor também de Air Gear. Ele é o típico autor que eu falo “Dane-se a história! Eu pago pra ver os desenhos desse cara!”. Sério, tanto Tenjho Tenge quanto Air Gear tem histórias mais malucas do que qualquer coisa que você já tenha lido. Tudo tenta fazer sentido, mas no fim não faz sentido algum. Mesmo assim as obras dele são demais! Ação a todo instante, belíssimas cenas de porrada, de drama, um show que causa um verdadeiro orgasmo visual.

E essa imagem sofreu porque existem tantas páginas duplas lindas em Tenjho Tenge e em Air Gear, que fica até difícil de escolher uma. No final, como o post é o “Cenas Marcantes” acabei escolhendo essa ilustração fantástica  (!!!) do Nagi despertando por completo o poder do dragão negro que guardava dentro de si! Reparem na beleza da cena, no traço, na composição… Não dá pra refletir em palavras toda a sensação que você consegue ter ao admirar a arte de TenTen e Air Gear. Como eu disse, dane-se a história, pegue meu dinheiro e me dê mais Oh! Great!

One Piece

Um amigo a gente nunca esquece.

Vou dispensar explicações sobre a história de One Piece, mas não vou deixar de comentar que é um dos mangás que mais me emocionou em toda minha vida, com passagens simplesmente memoráveis. É raro encontrarmos um mangá que consegue expressar tão bem sentimentos de uma forma tão constante durante mais de 60 volumes de duração. E One Piece consegue. Não vou entrar nos méritos do mangá e muito menos obrigar ninguém a ler (a maioria das pessoas já sabem minha opinião sobre isso), mas essa página tinha que estar aqui.

Imaginem uma cena em que as pessoas choram porque se despedem de um… barco. É bizarro! É ridículo! Mas eu vi muito marmanjo chorando nessa despedida.  O adeus do Going Merry foi uma das cenas mais emocionantes do mangá. Mas mais marcante ainda é a amizade que se formou entre a tripulação após o final de Alabasta. Não só essa página – que tem uma diagramação e um posicionamento incrível – mas esse capítulo inteiro em si. O Going Merry e a tripulação adquiriram uma identidade muito grande com os leitores, que foi rapidamente atribuída aos personagens nessa ilustração do final da saga. Quem leu Alabasta, entende todo o sentimento que se seguiu no mangá, principalmente com o Merry. Foi o adeus não de um barco, mas de um amigo. Isso é One Piece.

por Dih e Luk

Luk

Eu juro que gosto de animes, apesar de todo o meu haterismo.