Eu Recomendo Especial – Minhas Séries Favoritas: Luk

recomendolukMais pessoal impossível?

Percebi que muito dos leitores no post Rabiscos e Idéias tinham a dúvida sobre quais eram os animes top de cada redator, então resolvemos atender os seus pedidos, começando comigo! Afinal de contas ia ser muito melhor eu explicar minha lista do que apenas lançar os nomes em um comentário, porque o meu é um pouco diferente da maioria. As minhas escolhas são mais relacionadas a minha experiência com cada um e não apenas a qualidade de historia, traço/animação ou seja lá o que for.

E antes que reclamem por esse post ser algo muito pessoal, desculpem mas isso acima de tudo é um blog. Eu sempre fiz posts assim porque a coisa que eu mais gosto de passar é a minha experiência com certas obras e algumas pessoas não gostam disso – coisa que eu não entendo, afinal estão em um blog, pelo amor de Deus. Muitos não vão concordar com nada do que eu postar – eu entendo – por isso que eu acharia muito legal ver vocês comentando com detalhes sobre o seu próprio Top 5. Eu quero ler sobre a experiência de cada um de vocês que comentam aqui no blog, será que poderiam fazer isso? Bom vamos começar a bagaça.

5 – Perfect Blue

Com direção de Satoshi Kon

Fui conhecer Perfect Blue na época que eu era apenas uploader de um site de downloads em rmvb e precisava colocar alguma coisa no site durante uma época bem ruim de lançamentos. Então tinha resolvido dar uma melhorada na seção de filmes, que tinha bem pouco conteúdo e aproveitava para assistir algumas animações que todo mundo sempre comentava em fóruns. Foi assim que eu conheci Akira, Ghost in The Shell, Toki wo Kakeru Shoujo e Perfect Blue.

Ele é de longe o meu filme de animação favorito. A história e a narrativa do diretor Satoshi Kon me impactaram com bastante força, tanto que até hoje eu não consigo ver a cena de “estupro” por achar bem forte. Engraçado que esse foi um filme que eu acabei pegando apenas para fazer número. Não tinha visto ninguém comentando e acabou até passando o todo poderoso Akira em preferência por mim. Quem não viu deveria assistir, eu recomendo com força.

4 – Cowboy Bebop

Com direção de Shinichiro Watanabe

Já falei várias vezes que Cowboy Bebop é um dos meus animes preferidos e por isso não podia faltar aqui. É um dos poucos que ainda guardo aqui no meu computador e vejo pelo menos uma vez por ano. O diretor Shinichiro Watanabe fez um excelente trabalho com o anime, dando aquele ar retrô em uma historia futurista e aquele ritmo do Blues (em um trabalho excepcional de Yoko Kanno, e que se repetiu em Sakamichi no Apollon) ao fundo se mescla perfeitamente com o que acontece na tela.

Todo o arco final dele é perfeito, o grupo se separando e dando aquela sensação de vazio, o confronto entre Vicius e Spike e aquela última cena perfeita. Lembro que conheci o anime pelo filme e não entendi absolutamente nada. Tinha achado o DVD largado na parte de desenhos da locadora e resolvi pegar por curiosidade. Depois disso eu comentei com uns colegas no colégio e eles me passaram alguns cds com os episódios completos em rmvb. O problema é que o meu PC antigo não rodava bem esses vídeos e acabei assistindo só alguns anos depois. Bom a espera pelo menos valeu a pena e entrou facilmente aqui nessa lista.

3 – Dragon Ball Z

De autoria de Akira Toriyama

Acho que não preciso falar tanto sobre DBZ, acho que muitos já perceberam o quanto nós gostamos desse anime, é só ver quantas vezes ele já foi citado aqui no Chuva de Nanquim. Todos sabem que ele não possui a melhor história do mundo, ou a melhor animação do mundo, ou personagens profundos e muito menos que não tenha furos no roteiro. Ainda assim ele possui uma magia poderosa que faz a gente assistir os mesmos episódios várias vezes, quase tão poderoso quanto Chaves. (Chaves é do demônio.)

Eu cresci assistindo Dragon Ball, desde pequeno esperando o horário do futebol enquanto assistia as aventuras do Goku pequeno no SBT, até adulto com a Globo passando pela milionésima vez na TV Globinho como tapa-buraco. Ficamos empolgados com as porradarias que enrolam 10 episódios pra acabar, damos risadas com as falas marrentas do Vegeta e vemos o Kuririn apanhar toda hora. Eu sempre vou gravar DBZ com carinho no meu coração.

2 – Slam Dunk

De autoria de Takehiko Inoue

Slam Dunk é considerado por muitos o melhor mangá de todos os tempos e eu tenho que concordar com eles. Tanto que eu realmente não acho necessária a animação que foi feita. Eu vejo a qualidade da narrativa tão perfeita que é como se eu estivesse vendo aqueles quadros em movimento. O mestre Inoue conseguiu colocar em imagens uma tensão tão grande, que o anime não conseguiu me passar isso. Fora essa qualidade narrativa, ainda temos todos os personagens carismáticos que ele conseguiu criar. Podemos dar muita risada logo no primeiro capítulo, com o Sakuragi dando cabeçadas nos colegas de classe só porque ele achou que os garotos falaram a palavra ‘basquete’.

Mas eu só fui conhecer Slam Dunk por pura sorte. Eu precisava de uma revista pra passar o tempo e já tinha comprado todas as X-Men que a Panini tinha lançado, fui olhar para a parte de mangás e vi uma capa com um cara ruivo, vestindo um uniforme de basquete e com um chaveirinho bem vagabundo de brinde. Até o meu pai gostou do mangá! Ele acompanhava comigo todo volume que aparecia na banca e discutíamos que o Sakuragi era realmente um gênio quando não tentava fazer palhaçada em quadra. Ainda assim, ele não é o primeiro da minha lista…

1 – Love Hina

De autoria de Ken Akamatsu

Love Hina? Love Hina é o seu mangá favorito Luk? Tá maluco de colocar isso na frente de Slam Dunk, um dos melhores mangás de todos os tempos? Por que esse cara tá no ChuNan? Vamos criar uma comunidade no Orkut contra esse cara!

Calma povo, eu sei o quanto Slam Dunk é superior a Love Hina em qualidade, mas essa escolha é relacionada com a minha experiência com cada obra como eu disse lá no começo do post. Eu sempre vou ter um carinho imenso com esse mangá, porque basicamente foi ele quem começou toda a minha experiência com o mundo otaku e me acostumar a ler quadrinhos de trás pra frente. Love Hina foi o primeiro mangá que eu comprei com o meu próprio dinheiro, que eu consegui economizando o dinheiro da cantina da escola e não pegando ônibus para voltar pra casa. Só que eu confesso que as minhas intenções eram bem pervertidas. Eu vi na capa garotas só de toalha e achei que poderia ver alguns peitinhos, mesmos que desenhados apenas. Fui correndo para casa com meu mangá proibido, afinal o dono da banca me vendeu um mangá para garotos de 16 anos e eu tinha muito menos que isso e corri para o quarto para ler.

Não, eu não vi nenhum peitinho. No máximo apenas algumas garotas enroladas em toalhas…  Mas com o passar das páginas eu fui percebendo que eu não precisava daquilo, eu fui me divertindo com as besteiras que o Keitaro fazia e assim o volume foi acabando. Depois disso eu passei a comprar todo mês o mangá, não mais porque eu queria ver garotas sem roupa, mas porque eu queria ver mais da história e dos personagens. Eu sei que Love Hina não é a maior obra prima do mundo, mas eu sempre vou olhar para a minha coleção com muito carinho.

por Luk

Luk

Eu juro que gosto de animes, apesar de todo o meu haterismo.