Semanada – Gantz #371: Prova de Humanidade

Luk tentando escrever um semanada de Gantz, vamos ver se dá certo.

Gantz está em sua reta final e com ela vem vindo as explicações sobre algumas questões que todos sempre se perguntaram, e com isso eu resolvi tentar fazer um Semanada sobre esse mangá. Pra falar a verdade eu estava pensando mesmo em um post sobre a evolução do Kurono como personagem no capítulo 370, mas bateu uma certa preguiça e acabei perdendo o tempo. Então vou tentar fazer o bom e velho Semanada para falar de Gantz aqui. Eu continuo por aqui se o pessoal aprovar. E não, não vou falar de One Piece, vocês não querem que eu comece a escrever sobre isso.

Ah claro, tem spoiler no texto inteiro, então não vá me ler se não acompanha o mangá!

Gantz #371

Prova de Humanidade

Bom, finalmente toda a guerra entre a Terra e os invasores acabou, após muita enrolação e longos meses, finalmente a Terra esta a salvo dos Aliens comedores de humanos. Agora o grupo do Kurono está em uma sala sem nada, com várias pessoas que foram recrutadas pelo Gantz de nacionalidades diferentes e um Alien humanoide gigante no centro. As pessoas chamam aquilo de “Sala da Verdade”, elas fazem perguntas filosóficas e o Alien responde no estilo Mestre dos Magos. Impressionante todo mundo acha incrível as “respostas”. Descobrimos o que eram os aliens (imigrantes de um sistema estelar a beira da destruição) e de onde veio a Tecnologia do Gantz (a espécie do “mestre dos magos” enviou as informações de tecnologia para a Terra). Não vou entrar aqui em detalhes se foram boas explicações ou não, apenas vou dizer que pra mim foi razoável e plausível.

Nos dois últimos capítulos temos um embate de ideologias entre os humanos e o Mestre dos Magos: A existência dos seres humanos é realmente algo especial? Isso é algo que sempre temos em debate, o quanto somos insignificantes no meio de todo o universo, mas o que mais me interessou nessa historia foi ver a reação do protagonista. O grande ponto fraco de Gantz no inicio era com certeza o seu protagonista. Kurono era um personagem com uma personalidade totalmente errada e irritante. Ele desprezava o resto do mundo, chegando a sorrir ao pensar que um homem pode morrer atropelado por um trem bem na sua frente. É muito difícil você continuar com uma história desse tipo com um personagem assim, já que ele vai precisar vencer todos os obstáculos em seu caminho e você leitor precisa torcer ou pelo menos simpatizar com o cara. Só que o Kurono só conseguia fazer com que as pessoas tivessem mais nojo dele com o passar dos capítulos. Eu só conseguia pensar em quando ele iria morrer para o Katou ser o principal.

Tudo mudou com a chegada da Tae, uma personagem que apareceu pra mim sem muitas pretensões e acabou virando a vida do Kurono de pernas pro ar. E há uma cena lá no capitulo 118 que ele percebe que finalmente não está mais sozinho. É ali que muda pouco a pouco a personalidade do garoto: agora ele precisava sair daquele lugar, precisava sobreviver para ficar ao lado da namorada. É esse o ponto primordial que me fez começar a simpatizar com o Kurono, que comecei a adorar ele como personagem e torcer por todas as vitórias.

Então no capítulo 370 é mostrado o quanto ele cresceu, enquanto todos se desesperavam por começarem a perceber que são apenas matéria, o Kurono reage de uma maneira totalmente diferente que aquele Kurono do primeiro capitulo iria responder. Caramba, essas duas imagens me deixam totalmente arrepiado, podemos em duas páginas ver toda a evolução que o autor fez no protagonista durante todos esses anos. “Seres humanos, vidas humanas tem seu valor!“ E todo o belo discurso do Katou, dando os motivos do porque vida dos humanos é algo maior que uma simples poeira, é algo que você tem que concordar e ficar ao lado deles. Só que aí o autor resolve dar um tapa na nossa cara.

No capítulo atual, já nas duas primeiras páginas descobrimos como os aliens vão retrucar e mostrar que a vida humana não é especial e que emoções são apenas impulsos elétricos. Sim, temos a volta de 4 personagens queridos por muita gente: Kishimoto, o Velhinho, a Lara Croft e a Reika. E eles começam a conversar, o leitor volta a se aproximar dos quatro e voltamos a nos importar com eles. Só que aí entra a parte cruel da história.

Isso tudo que o senhor Oku Hiroya fez nesse capitulo foi apenas para sentirmos raiva do que era lógico que ia acontecer, mas mesmo assim ainda tínhamos uma expectativa que não veríamos. Nos juntamos aos gritos de desespero de Katou e Kurono quando o Mestre dos Magos simplesmente começa a matar os 4 recém revividos, da forma mais cruel possível. E novamente duas páginas conseguem mostrar claramente tudo aquilo que nós leitores e o protagonista sentimos: Uma mistura de perplexidade e fúria.

Todo essas 23 páginas foram feitas apenas para enxergarmos o Mestre dos Magos como um vilão, que temos que sentir ódio por esse ser e com toda a certeza funcionou comigo. Aquela última página é tudo o que eu faria com o desgraçado, eu tive vontade de gritar “VAI KURONO, MATA ESSE DESGRAÇADO!” E é ai que o autor para o capítulo, deixando todos malucos para saber o que vai acontecer ali. O que teremos no dia 18 de outubro? Provavelmente o Kurono vai falhar na sua tentativa de ataque, mas ainda estou muito curioso com o que vai acontecer. Será que vou continuar escrevendo aqui? Provavelmente não, vamos ver.

por Luk

Luk

Eu juro que gosto de animes, apesar de todo o meu haterismo.