Comemorando os 1000 capítulos de Hajime no Ippo!

hajime1000E você ainda pode começar a ler porque mais 1000 capítulos não são impossíveis.

Depois de Ashita no Joe, se existe uma obra que melhor caracterize o espírito dos mangás de boxe no Japão, com certeza esse mangá é Hajime no Ippo. E eu nem preciso muito esforço para explicar porque. Além de ser publicado na Shounen Magazine – uma das mais tradicionais revistas do Japão – a série acaba de alcançar a marca de 1000 capítulos publicados, totalizando mais de 100 volumes encadernados. Uma marca assustadora, monstruosa, mas que só reflete na geração que Ippo movimenta desde sua estreia. Se One Piece é sinônimo de vendagens no Japão, Hajime no Ippo pode ser considerado o sinônimo de maturidade, de evolução, de regularidade e de comprometimento de George Morikawa, publicando desde 1990 nas páginas da revista com pausas praticamente inexistentes no meio desse caminho.

Hajime1000capaHajime no Ippo proporciona uma das leituras mais emocionantes para os fãs de mangás de esporte em geral. Diálogos rápidos, precisos, que são objetivos e cumprem com o dever de entreter o leitor e de segurá-lo capítulo após capítulos. Não são poucas as pessoas que disseram achar 100 volumes muita coisa e no final das contas perceberem que já haviam devorado todos em questão de semanas. A narrativa de Morikawa virou um modelo a ser seguido, principalmente quando falamos em arte sequencial e em diagramação. As cenas envolvendo as lutas são totalmente bem estruturadas artisticamente e narrativamente falando. Não se considere estranho por querer praticar boxe após ler a obra. 

Abaixo ilustração de Chiba Tetsuya, autor de Ashita no Joe, ao lado de Ippo.
Abaixo ilustração de Chiba Tetsuya, autor de Ashita no Joe, ao lado de Ippo.

Provando que Hajime no Ippo é um símbolo no Japão, o mangá ganhou diversas homenagens na edição da Shounen Magazine na qual foi comemorada a marca. Artistas como Takehiko Inoue e Mitsuru Adachi deixaram seu registro. Mas com certeza a imagem de Ippo junto com Joe foi a mais marcante e tocante. Hajime já tem sua história marcada no Japão, e provavelmente ainda vai durar mais alguns anos se depender da disposição do vovô Morikawa.

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Dih

Criador do Chuva de Nanquim. Paulista, 31 anos, editor de mangás e comics no Brasil e fora dele também. Designer gráfico e apaixonado por futebol e NBA.