Primeiras Impressões – ‘Ginga Kikoutai Majestic Prince’

header“You can’t become a hero if you don’t believe in the impossible.”

Apontado como o menor dos hypes entre os animes do gênero da temporada, Majestic Prince estreou sem alarde e assim permaneceu. Porém a série é mais uma daquelas que pode render bons frutos dependendo do rumo tomado na história, que em um primeiro momento se demonstrou apenas uma série que busca manter-se em uma zona de conforto. Resta saber se essa cautela continua daqui pra frente.

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“A história mostra o momento que a humanidade deixou a Terra e começou a viver no espaço. “Príncipes” são crianças modificadas geneticamente que são criadas e treinadas para serem pilotos de robôs armados e assim a população consegue se adaptar e se proteger dos ataques de aliens hostis vindos de Júpiter. Nós acompanhamos a vida de Izuru, um desses príncipes e que estuda na cidade academia Grandzehle. O fato é que ele não é um príncipe qualquer.”

Já vamos dizer que em uma observação inicial o primeiro episódio não deu muito que “trabalhar”. Uma base militar começa a ser atacada pelos inimigos da série, Wulgaru. Base essa onde somos apresentados aos integrantes de uma organização para treinar jovens combatentes para poderem usar os Advanced High Standard Multipurpose Battle Devices (AHSMB) para combater o inimigo. Como dito anteriormente o primeiro núcleo do episódio fica com o ataque a base militar por os Wulgaru. Isso mostra como eles são superiores a qualquer coisa que a “federação” tenha no momento, sendo apenas massacrados e obrigados a ter que abandonar a base.

1O segundo núcleo foca em mostrar quem são as personagens principais, mostrando relações, e pequenos traços de cada uma delas. E nisso que esse episódio brilhou mais, principalmente nas feições exageradas, que parecem ter vindo dos anos 90, isso dito no bom sentido. Voltando para a ação, temos uma cena de preparação para o contra ataque, onde cada um dos protagonistas ganha seu AHSMB, tomando a tomar um rumo interessante. Cada um deles tem uma função própria (suporte, sniper, líder etc) fazendo o time ficar balanceado e não ter 5 mechas pulando direto na ação. O episódio acaba com o contra-ataque, mostrando o poder das novas máquinas, com cenas de ação bem sangue-quente, reminiscente daquelas de Gundam Seed.

A produção de Majestic Prince fica com o estúdio Doga Kobo (que colaborou em obras como Tengen Toppa Guren Lagann e nos novos longas de Evangelion, mas que tem maior pratica em animes de slice of life, como por exemplo, a série ‘GjBU’ da temporada passada). Aqui eles estão em parceria com o estúdio de computação gráfica Orange, e isso fica bem aparente com um dos melhores CG em anime, o que não quer dizer que ainda não possa incomodar para os não adeptos dessa técnica em animes do gênero.

3A composição de série ficou a cargo de Yoshida Reiko (K-on!!, Girls und Panzer, Kimi to Boku), a direção com Motonaga Keitarou (Katanagatari, Jormungand) e é claro o design de personagens ficou na mão de Hirai Hisashi (Gundam Seed, Scryed, Fafner). Pode-se ver que o time de produção está bem solido. A dúvida é: mesmo um time desses poderá fazer algo bom?

‘Ginga Kikoutai Majestic Prince’ é algo que parece ter saído dos anos 90 e colocado uma pele de um anime moderno, e como dito, isso no lado positivo. Desde o design diferenciado dos mechas, até as frases de efeito vindas diretamente do passado e cheias de “doses” da família Gundam de outrora. Ele tem cenas de ação bem empolgantes, mas também sabe quando relaxar e focar nas personagens. Com um bom balanço entre comédia e a seriedade da guerra, esse primeiro episódio acertou onde tinha que acertar.

12O grande ponto fraco do primeiro episódio foi a direção e a forma como as cenas foram introduzidas com o decorrer do mesmo. Em alguns momentos temos a impressão que muitas informações são jogadas ao expectador e a série não sabe muito bem como trabalhar com elas. O lado positivo é que isso não atrapalha a trama principal, que ainda necessita ser desenvolvida de uma forma melhor durante os próximos 3 episódios no mínimo.

4O que se tem da história até agora é bem simples: “Aliens atacam! Matem os aliens!” Se isso vai ser desenvolvido em algo mais ou vai continuar simples, só o tempo dirá. No geral, uma boa estreia para quem busca uma alternativa mais “despreocupada” em comparação com Gargantia, por exemplo.

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2Impressões por Rubio do Omnia Undique

Dih

Criador do Chuva de Nanquim. Paulista, 31 anos, editor de mangás e comics no Brasil e fora dele também. Designer gráfico e apaixonado por futebol e NBA.