Entrevista com Karuho Shiina, a autora de Kimi ni Todoke

kimi ni todoke entrevistaUm pouquinho do lado pessoal da autora!

Recentemente o selo Shojo Beat completou 10 anos de idade nos Estados Unidos e diversas homenagens foram feitas à sua equipe. E claro que por ser uma editora com um contato tão direto com o Japão, diversas novidades acabaram vindo de lá direto das mãos das autoras! Entre elas, Karuho Shiina, a autora de Kimi ni Todoke foi uma das que cedeu uma pequena (realmente curtinha) entrevista, mas que já dá pra sentir aquele gostinho da palavra única da nossa tão querida autora (que mesmo nos fazendo passar raiva com Kimi Ni, ainda consegue nos encantar com seus personagens).

A seguir, a tradução da entrevista para aqueles que não viram ou que não conseguem ler em inglês. Vale muito a pena!

KIMINI#23_1a-e-4a-capaKaruho Shiina nasceu e cresceu em Hokkaido, no Japão. Embora Kimi ni Todoke seja apenas a sua segunda série, ela já acumulou diversas menções em listas de melhores mangás do ano. Vencedor do Prêmio Kodansha Manga Awards 2008 na categoria shojo, Kimi ni Todoke também ficou em quinto lugar no primeiro Manga Taisho Awards, em 2008. No Japão, uma série de TV animada estreou em outubro de 2009 (rendendo duas temporadas de 25 episódios cada), e um filme live action foi lançado em 2010. Atualmente o seu mangá já se encaminha para o capítulo 100, totalizando 24 volumes encadernados desde 2006 na revista Betsuma. No Brasil, o mangá é publicado pela editora Panini e se encontra em seu volume 23.

A seguir, você confere as cinco perguntas selecionadas pela Shojo Beat para a autora! O legal é que são perguntas bem pessoais, e nada tão relacionado ao trabalho.


1. Qual você acha que é o tema predominante em sua mangá?
Eu não acho que há um tema especial… Não, isso não existe. Histórias sobre relacionamentos humanos?

2. O que é a coisa favorita e a menos favorita ao desenhar?
Provavelmente ambos, minha coisa favorita e menos favorita, é o name.

*Name é como os autores chamam os storyboards de seus mangás. Quem leu Bakuman já deve ter se lembrado desse termo.

kimi ni manga

3. O que inspirou a história da sua primeira série de mangá?
Eu estava me formando, então eu escrevi um mangá sobre uma graduação da escola.

4. Quando você se sente exausta ou sente que não pode cumprir um prazo apertado, como você consegue seguir em frente?
O programa de rádio de Ogi Yahagi [famoso duo de comédia japonesa]. Eu sinto como se tivesse que continuar até que o show acabe, ou algo assim… Eu gostaria de poder dizer que é devido a sorrisos das crianças ou à espera fãs, mas eu acho que a motivação é Ogi Yahagi.

5. Se você pode passar uma semana em qualquer lugar, a qualquer hora, onde e quando seria?
Eu gostaria de voltar para a minha cidade natal na época do festival durante o período em que eu era só uma garota da escola primária. Havia construções e tantas outras coisas que não estão mais por lá.


Eu particularmente sempre achei muito legal saber mais desse lado pessoal dos meus artistas favoritos. É bem legal ver que nem todos eles são totalmente inspirados pelos seus fãs (ela foi bem honesta na resposta, convenhamos) e que a vida pessoal deles acaba influenciando muito suas obras, como foi o caso da escolha em seu primeiro mangá. Sempre é bom lembrarmos que por trás daquele papel que estamos lendo, existe um ser humano que escreve algo que quer dizer algo que só ele entende. Podemos elaborar mil e uma teorias, fatos, especulações, mas no fundo ela só escreve o que ela realmente sente. E isso é realmente gostoso de saber. Bom saber que os sentimentos humanos ainda estão envolvidos em um negócio em que o dinheiro fala tão alto.

Se você é fã de shoujos, não deixem de conferir nossos dois especiais sobre duas das revistas mais famosas do Japão, a Betsuma e a Margaret.

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Dih

Criador do Chuva de Nanquim. Paulista, 31 anos, editor de mangás e comics no Brasil e fora dele também. Designer gráfico e apaixonado por futebol e NBA.