Ranking Oricon de Vendas de Mangás: de 9 a 15 de Novembro

headeroricon9a15Orange sendo um amor e um sucesso.

Semana de predominância no ranking com dois títulos de extremidades diferentes. De um lado, Orange e seu último volume fazendo com que todos os volumes o acompanhassem. Do outro, One Punch-Man ocupando todo o hype do anime. Um já temos no Brasil, falta o outro.

Os mangás grifados em amarelo são os comercializados no Brasil. A fileira “Vendas Total” contabiliza a soma das semanas que o mangá já se encontra no ranking.

ranking915Orange. O que falar desse mangá que foi um verdadeiro parto para chegarmos até aqui, no seu último volume? Com quase 350 mil unidades vendidas, o volume final de Orange é um sucesso sem tamanho. Poucos mangás conseguem chegar nessa marca em uma semana, nem mesmo os tão populares shounen. E de quebra ainda colocar mais 4 volumes na lista, mostrando que o primeiro da editora Futabasha também já ultrapassa as 500 mil unidades. Alguns devem estar estranhando o fato dos volumes posteriores ganharem mais vendas comparados com os primeiros, mas vale lembrar que anteriormente tivemos uma edição da Shueisha desse mangá, então provavelmente muitos optaram por manter as suas edições antigas. Bem, de qualquer modo é uma benção para Takano Ichigo. Que ela possa continuar fazendo seu trabalho maravilhoso em um próximo mangá.

E sei que falamos todas as semanas, mas não há como deixar de reiterar o sucesso de One Punch-Man. São todos os volumes no ranking e com o detalhe: todos estão vendendo mais do que nas semanas anteriores. Como eu disse antes, é um fenômeno para a Shueisha. O volume 1 está prestes a ultrapassar a marca de 1 milhão de unidades vendidas, e ele já se encontra facilmente entre os mangás mais populares da atualidade. Agora a dúvida é só: quem vai trazê-lo para o Brasil? Vão aproveitar o hype do anime? Espero que sim! One Punch-Man merece isso e muito mais!

Da lista dessa semana ainda temos Nanatsu no Taizai e Magi dos títulos publicados no Brasil. Isso sem falar em One Piece e Bleach. Dois mangás para cada editora. Dessa lista eu ficaria de olho em alguns nomes que podem pintar no Brasil no ano que vem e não seriam grandes surpresas – casos de Ajin, Boku no Hero Academia, Nisekoi e até Ten Count (NewPOP, alô você). São títulos já publicados nos Estados Unidos e que não seriam nenhuma coisa de outro mundo se surgissem em nossas bancas. Aliás, também não descarto as possibilidades para Kuroko no Basket – Replace PLUS, uma vez que a série principal parece estar dentro dos limites do “vendável” da editora Panini apesar do histórico de cancelamentos da mesma.

No geral, essa foi uma semana interessante. Não temos muitos comentários a serem feitos já que a predominância de 14 posições com apenas dois mangás acaba chamando a atenção na tabela e fazendo com que muitos mangás fiquem de fora. Foi uma média bem interessante de vendas (entre 25~30 mil) e isso nos dá pouca margem para os mangás menores e menos populares. Pena por uma parte, bom pelo outro. Como disse acima, são poucas as edições desse ranking que constam em nosso mercado. Veremos se essa realidade muda nos próximos anos – apesar de achar que o Brasil está em constante crescimento quanto aos seus lançamentos. Não dá pra desejar ter tudo em meio a crise e não vender nada. Vamos com pouca sede ao pote e é isso aí.

  • Apesar de Yowamushi Pedal ser um sucesso no Japão, é o tipo de mangá que acho muito difícil dar as caras no Brasil. Assim como Kingdom. São duas séries ótimas, mas muito longas, e acho difícil alguma editora brasileira querer apostar em ambas. E nem preciso falar de Gintama nesse grupo.
  • Lembram de Witch Craft Works? Ele surgiu na mesma temporada de Noragami, mas acabou não ganhando o mesmo destaque de seu companheiro de Kodansha. Mesmo assim eu adquiri um carinho muito grande pela série e fico muito feliz em vê-lo vender seus 75 mil, um número muito bom para uma série que acabou passando despercebida por nós brasileiros – mas que já pode ser encontrada a venda nos Estados Unidos.
  • Magical Girl Apocalypse. Guardem esse nome. Não me assustaria em ver um anime disso em 2016 e ainda por cima o mangá surgindo por aqui. É o tipo de série que poderia facilmente entrar no gosto da galera de um Tokyo Ghoul, por exemplo.

Dih

Criador do Chuva de Nanquim. Paulista, 31 anos, editor de mangás e comics no Brasil e fora dele também. Designer gráfico e apaixonado por futebol e NBA.