De “quase cancelado” à “um dos mais vendidos” da Shounen Jump.
Se hoje existe um título que faz um sucesso que ninguém esperava, esse não é One Piece. Nem Naruto. E muito menos Bleach. Estamos falando de Kuroko no Basket, aquela série que chegou como quem não queria nada e abocanhou a preferência do público com seu anime lançado nesse ano de 2012. E o sucesso não se restringe nessa mídia. Kuroko cresceu em uma velocidade incrivelmente absurda, passando de “grupo dos rebaixados” da Jump para eventuais Top 5 de preferência de público. Além de ter conseguido um aumento consideravelmente incrível em seus mangás – fazendo todos os volumes beirarem a média de 500 mil exemplares vendidos. Isso sem falar no anime, que conseguiu se tornar o título mais vendido em BDs e DVDs no Japão nos últimos tempos, desbancando favoritos como Hyouka.
Pensando em tal sucesso, a Shueisha já anunciou que o próximo volume do mangá – o 19 – terá uma tiragem de 600 mil cópias, algo que poucos títulos atualmente conseguem alcançar dentro da própria Shueisha. Kuroko praticamente já passou Toriko e deixou para trás outros como Reborn e Beelzebub, que eram tidos como as grandes promessas da casa. O mangá é publicado desde dezembro de 2008 e é de autoria de Tadatoshi Fujimaki, sendo adaptado para animação em abril de 2012 pelo Production I.G.
Provavelmente desde Eyeshield 21 e Prince of Tennis que a Jump não conseguia “engatilhar” um título de esporte tão bem assim. E Kuroko se destaca justamente por ser aquilo que se propõe: divertido. É besteira e insensatez tentar comparar o título com Slam Dunk, por exemplo, justamente porque ambos se diferenciam e muito em sua execução. Kuroko consegue ser uma leitura extremamente leve e descompromissada, e seu anime extremamente competente serviu para animar ainda mais o público que não acompanhava a dinâmica da história.
Claro, o título conta com aquela “forcinha” da equipe fujoshi, que adora os diversos personagens masculinos da série – mas isso em nenhum momento tira os méritos do mangá de Fujimaki. Kuroko está aí, pronto para continuar em um sucesso ascendente. E quem sabe, fazer com que as editoras brasileiras pensem com carinho para trazer o mangá para nosso território (lembrando que o mesmo não é publicado ainda nem nos Estados Unidos).