Lucky!
Enrolei durante muito tempo para divulgar aqui minha lista de animes favoritos. Mas acho que a ocasião é perfeita para isso. Apresento abaixo as 10 séries que me conquistaram de alguma forma e que indispensavelmente deveriam estar aqui. Claro que muitas outras também mereceriam o posto, mas escolher algumas foi necessário. Detalhe: Minha lista de mangás favoritos provavelmente seria algo bem diferente do que vocês veem aqui, quem sabe um dia eu divulgue. Por enquanto, espero que possam aproveitar as minhas escolhas e que possam ser aproveitadas por vocês de alguma forma um dia. E não deixem de comentar o que acharam e também de comparar com suas listas. Aguardo suas dicas também!
10. RahXephon
Com direção de Izubuchi Yutaka
A paixão por mechas começou aqui. Algumas pessoas provavelmente vão ficar revoltadas em ver RahXephon nesse top e Evangelion não. Isso não quer dizer que eu não adore Evangelion e que o ache magnífico, mas RahXephon conseguiu me marcar ainda mais. Na verdade a série foi um dos primeiros animes que tive a oportunidade de acompanhar quando obtive internet e a experiência foi fantástica. A série foi produzida nos anos 2000 pelo estúdio BONES e foi acusada durante muito tempo de ser apenas um “coadjuvante” de EVA, mas possui muitas características próprias. Pra começar, acho Ayato um protagonista muito mais completo que Shinji. Além disso a sua relação com as personagens se desenvolvem de maneira muito mais aberta, sem deixar de lado o emocional de todos e o “mistério” da história. Também vale dizer que o character designer da série, Izubuchi Yutaka, também teve participação em diversas outras séries mechas: Evangelion, Macross, Yamato, Gasaraki. O cara é referência na área. Enfim, é ele que abre meu top 10 e sem arrependimentos. Sempre vai ter um espaço no meu coração.
9. Martian Successor Nadesico
Com direção de Satou Tatsuo
O nono lugar também é de uma série que envolve mechas, espaço e essas coisas. Trata-se de Nadesico, provavelmente desconhecido de muitos mas que chegou a dar as caras no Brasil no extinto Locomotion e também no Animax. O anime acompanha Akito, o jovem que não quer batalhar, e Yurika, a capitã da nave Nadesico que dá nome para a série. Todo o carinho por MSN surgiu justamente por essa relação que a obra nos proporciona junto aos personagens principais. Akito e Yurika sem dúvidas formam um dos casais mais belos que já vi. Além disso, a história da busca pelas respostas do garoto e as batalhas que envolvem a tripulação da Nadesico te prende ao lado de um enredo repleto de humor, drama e ação extremamente equilibrados. Apesar de ser uma série antiga (1996) não envelheceu mal e você consegue assistir tranquilamente nos dias de hoje (ainda mais depois de uma versão BD recém lançada). Também vale um destaque para a abertura “You Get to Burning” que tem uma taxa altíssima de vício. Ah, e antes que eu esqueça: Fuja do filme. Não deixe ele apagar a boa impressão da série de sua mente.
8. Code Geass
Com direção de Taniguchi Gorou e character design do CLAMP
O ciclo de mechas da minha lista termina na oitava posição, com um anime que os “oldschool” não gostam de enquadrá-lo no gênero, mas que não deixa de fazer parte queiram ou não. Aliás, Code Geass tem vários méritos apesar de não ser uma série perfeita. Já vi muitas pessoas quebrando preconceitos contra o gênero mecha justamente por causa da série, por mostrar que animes desse gênero não precisam apenas se focar em “batalhas de robôs” e sim no desenvolvimento da trama e de seus personagens. Não que outras séries não façam isso, mas Code Geass consegue com uma roupagem mais “jovem”, sem parecer uma “novela espacial” aos olhos de alguns, digamos assim. Confesso que o design do Clamp foi um dos convidativos, além do grande investimento anunciado pela Sunrise na franquia. Mas você simplesmente é conquistado por Lelouch e sua mentalidade. Não é a toa que muitos que gostam de Death Note acabam comparando os dois protagonistas pelos seus pensamentos. Como disse, a série tropeça muitas vezes, mas ainda acho seu encerramento algo perfeito para “arrumar” tudo. Apesar dos 50 episódios que unem as duas temporadas, Code Geass continua sendo recomendado até os dias de hoje. E você não vê tantos “All Hail Lelouch” por aí sem um motivo.
7. Trigun
Criação de Naitou Yasuhiro
Trigun é o tipo de série que realmente entretém e ao mesmo tempo apresenta um roteiro de qualidade. Vash é um dos protagonistas mais carismáticos em uma série. Seu jeito “moleque”, misturado ao seu passado envolvendo a sua “fama” justificam a fama não só dele, como da série em si. Isso sem falar na presença dos coadjuvantes, que representam muito para o desenvolvimento dos mesmos. Trigun foi das séries que tive o prazer de assistir em “DVDs” antes mesmo de ser exibida na televisão (Cartoon e Rede 21). Acho que grande parte das pessoas que acompanharam séries dos anos noventa acabaram utilizando desse meio, já que internet não era bem uma opção. Trigun ainda ganhou um filme recentemente e também é nostálgico pra galera que curte a série.
6. Sakamichi no Apollon
Direção de Shinichiro Watanabe
O mais recente anime dessa lista, Sakamichi no Apollon é o primeiro de Shinichiro Watanabe marcando presença no meu top. Lançado em 2012, a série me conquistou logo no primeiro episódio. Por coincidência, é a única série dessa lista baseada em um mangá, mas que acabou adquirindo o toque próprio do diretor, somado a deliciosa trilha sonora de Yoko Kanno, minha compositora também favorita e que sempre marca presença nos trabalhos do diretor. Sakamichi trata os problemas amorosos dos personagens de uma maneira diferente (o anime é baseado em um josei) e também uma maneira linda de lidar tudo através da música. Tocante em cada um dos seus episódios e recomendação minha sempre para os adoradores de jazz – ou para quem quer descobri-lo.
5. sCRYed
Direção de Taniguchi Gorou
Criado em 2001, sCRYed é dos animes mais divertidos, viciantes e empolgantes da Sunrise que eu já assisti. Também foi uma das primeiras séries que consegui assistir quando tive internet em minha casa, bem como assisti as trocentas reprises no Animax – que por sinal tinha uma ótima dublagem. Com um plot que trata de “mutantes” e uma sociedade dividida entre os que “são aceitos” ou não, sCRYed lembra muito algo que poderia ser aproveitado até mesmo em séries famosas como X-Men. Porém o que realmente faz a diferença é a constante batalha entre Ryuhou e Kazuma. Sério, você não consegue deixar de acompanhar as discussões, as brigas e os poderes que envolvem os dois lados! sCRYed talvez seja até menos reconhecido do que eu esperava, mas no meu Top 5 ele tem lugar cativo. Detalhe: Um dos diretores de sCRYed é o mesmo de Code Geass.
4. Digimon Tamers
Roteiros de Chiaki J. Konaka
“Como assim Digimon?” É, você não está lendo errado. Digimon Tamers é a melhor temporada dos monstros digitais. E não estou falando da boca pra fora. É onde a trama é extremamente mais desenvolvida, adquirindo até mesmo ares mais “adultos” do que esperamos de uma série infantil. É onde a animação (colocando em ponto o orçamento e a idade do mesmo) foi melhor trabalhada. E é onde desenvolvem a ideia de monstros que se tornam um só com seus donos. E não digo isso por saudosismo, afinal assisti na época do finado Fox Kids e em gravações diárias de fitas VHS no tempo da exibição da Globo. Mas também assisti recentemente para “comprovar” minha tese: Digimon Tamers é fantástico. Chiaki J. Konaka, roteirista da série, é responsável pelo roteiro de Armitage, Bubblegum Crisis, Ghost Hound, Hellsing, Kino no Tabi, RahXephon e até Serial Experiments Lain! O que pensavam ao colocar esse cara em uma série infantil? Eu não sei. Mas o resultado final é esse: quarta posição do meu top 10.
3.1. Cowboy Bebop
Direção de Shinichiro Watanabe
Como vocês podem perceber, temos duas séries dividindo a terceira colocação. Simples: não consigo me decidir, então ficam as duas mesmo assim. Shinichiro Watanabe é um dos meus diretores favoritos, como puderam perceber. E Cowboy Bebop é considerado um dos grandes marcos da animação japonesa, e uma das mais importantes produção da mesma. Provavelmente o mais expressivo trabalho de Watanabe e o que o tornou referência não só no mercado de animação, como em muitos outros estudos. Não a toa é extremamente cultuado fora de seu país e me deixou com tantas dúvidas em como representá-lo nesse top. Cowboy Bebop é uma série que definiria em “caçadores do espaço com classe”. Não pelo jeito desengonçado de Spike e companhia, mas pela maestria como são dirigidas as cenas, como estão em harmonia com a trilha sonora (Yoko Kanno novamente sendo impecável) e na execução de todos os plots do anime. Vale sempre aquela dose de reprises anuais. Cowboy Bebop está eternizado.
3.2. Samurai Champloo
Direção de Shinichiro Watanabe
Dividindo a terceira posição com CowBe, temos mais uma obra de Watanabe, essa exibida no Brasil e que conquistou muitos adoradores por aqui. Samurai Champloo apresenta um clima muito mais cômico e leve do que seu “irmão”, e mesmo assim não deixa de ter uma qualidade excepcional. Muitos inclusive recomendam a série para aqueles que buscam a primeira experiência com Watanabe justamente por isso. Em Samurai Champloo uma das grandes presenças da série é a trilha sonora que dá o tom do hip-hop com Nujabes, Fat Jon e outros. E a mistura é algo tão doido (Samurais e Hip-Hop???) quanto o conteúdo da série. Que tipo de série você espera uma partida de baseball no meio do nada? É. Champloo tem um carisma enorme. E prova mais uma vez o quão genial é esse tal de Watanabe. E sem falar em Mamoru Hosoda (Summer Wars) dirigindo a abertura da série. Meu coração não aguenta assim não.
2. Samurai 7
Releitura da obra de Akira Kurosawa
Houve um tempo em que o estúdio Gonzo era praticamente o Eike Batista dos animes. Queria dinheiro? Era só procurar o Gonzo. E Samurai 7, o vice líder desse top é a prova disso. A série é considerada até hoje uma das produções mais caras da história dos animes. Foram aproximadamente 300 mi de dólares por episódio, uma quantia absurda até mesmo para os dias de hoje. Mas o resultado foi uma das versões mais interessantes da obra de Akira Kurosawa (Os Sete Samurais). Samurai 7 adapta a obra para uma realidade futurística, mas apresentando os mesmos pensamentos filosóficos que envolvem a peça original. O resultado é um anime de altíssimo nível e que merece ser bem aproveitado durante todos os seus 26 episódios. Uma produção recomendada para todos que gostam não só de animação, mas também de releituras de obras consagradas. Espetacular.
1. Baccano!
Baseado na novel de Ryohgo Narita
Minha série favorita finalmente revelada. Se bem que acho que nunca foi surpresa para ninguém. Apesar de amar Durarara, acho Baccano uma experiência ainda mais engajadora e empolgante. Provavelmente pela ideia da “viagem no tempo”, dos múltiplos pontos de vista dos personagens e pelo plot envolvendo a imortalidade. E Baccano possui algo interessante: muitas pessoas dropam a série logo em seu primeiro episódio por ele parecer algo totalmente sem nexo e sentido. Porém a situação muda bruscamente se você decide seguir adiante, pra somente lá no final entender qual a relação com o primeiro. Baccano também foi o primeiro anime que tive o prazer de assistir em alta qualidade, e recomendo a todos que façam o mesmo. Por suas tonalidades mais “frias”, você pode perder muito da série se assistir em qualidade abaixo do normal. Com criação de Ryohgo Narita, Baccano também é baseado em uma novel, e se você curtir o anime tem a possibilidade de ver a continuação na mesma. Segunda temporada? Provavelmente nunca. Mas os 16 episódios disponíveis com certeza vão te deixar satisfeito com o que você verá.