ChuNan Top #10 – 5 mangás que deveriam ser relançados no Brasil

Afinal eles não mereciam o tratamento que receberam.

Estamos recebendo alguns boatos sobre alguns relançamentos, alguns já confirmados como Yu Yu Hakusho e Samurai X (ambos pela editora JBC) e outros que já se realizaram como o nosso querido Monster, que vai sair esse mês na Panini ou Card Captor Sakura pela JBC, também nesse mês. Isso sem falar na tão comentada edição “especial” de Evangelion e no relançamento de Saint Seiya e Dragon Ball. E é nesse ritmo que chegamos com o novo ChuNan Top desse mês! Afinal de contas, quais são os relançamentos que gostaríamos de voltar a ver nas bancas?

Então temos uma lista com os 5 mangás que passaram por aqui e que precisam voltar por causa de alguns defeitos. Esse Top mudou, já que deveria ter Samurai X e seu papel que sujava mais a mão que doritos, mas como a JBC já “anunciou” seu relançamento, ele foi refeito e por esse motivo demorou um pouquinho pra sair. Então vou pedir (como sempre) para vocês completarem esse top lá nos comentários, afinal de contas essa lista foi feita com os meus (mau) gostos e eu também posso ter esquecido algo. Nesse post, temos a colaboração também do Dih em alguns comentários (Nota do editor: principalmente em Shaman King, que foi colocado aqui por livre e espontânea pressão).

5 – InuYasha

De Rumiko Takahashi.

Completo com 56 volumes no Japão. 112 volumes no Brasil pela JBC.

Publicado de 1996 até 2008.

Quer começar a comprar a edição brasileira de InuYasha hoje? Então só posso dizer boa sorte, porque só sendo muito sortudo e rico para conseguir encontrar todas as 112 edições em ótimas condições e com um bom preço. Chega a ser ridículo quando você vai passar em uma feira de animes e encontra várias prateleiras só com os volumes de InuYasha. A série merecia voltar a ser lançada aqui no Brasil, ainda mais que muitos fãs começaram acompanhar a história muito tempo depois do lançamento e não possuem a coleção completa. Então, basicamente o que eu queria era uma edição tankobon, com um papel decente e alguns extras. Seria pedir demais? Acredito que o mangá tenha uma boa quantidade de fãs, e o seu único ponto negativo seja a grande quantidade de volumes. Talvez se Ranma tiver uma boa vendagem e a JBC estiver disposta… quem sabe.

4 – Berserk

De Kentaro Miura.

Em andamento com 36 volumes no Japão. 72 volumes no Brasil pela Panini.

Publicado de 1990 até dias atuais.

Berserk finalmente acabou de encostar no Japão e todos vocês sabem o que isso significa? Provavelmente ficaremos com no máximo uns 2 volumes por ano, isso se o mestre Kentaro Miura estiver com disposição (não estou falando que ele é preguiçoso, antes que venha alguem reclamar) e se a Panini estiver disposta a lançar. Então uma boa solução para a senhora Panini é relançar o mangá com seus volumes em tankobon assim como no original. Dando um belo tratamento que todo fã merece, afinal de contas sempre queremos uma boa qualidade para aquilo que amamos, não é? Isso sem falar que Berserk tem uma boa fanbase e é um mangá daqueles que não se encontram mais as primeiras edições. Seria uma boa hora para se adquirir novos compradores, mesmo que fosse lançado em uma tiragem menor.

3 – Full Metal Alchemist

De Hiromu Arakawa

Completo com 27 volumes no Japão. 54 volumes no Brasil pela JBC.

Publicado de 2001 até 2010.

Eu só tenho pedido sobre mangás que vieram meio tankobon, mas colecionador sabe como essa porcaria é ruim e ocupa um espaço infernal. Full Metal Alchemist é um mangá muito popular e com uma qualidade gigante, merecia muito mais que essa versão meia boca que colocaram aqui no Brasil, ainda mais que foi só para dar tempo de terminar no Japão e não precisar pausar o lançamento. Muito legal lançar o Databook sobre o FMA agora, mas queremos muito mais que isso – pelo menos eu e grande parte dos compradores do título. Por ser um grande hit da editora, acredito que um relançamento da obra não seria lá uma desvantagem tão grande, exceto que ainda existe uma boa quantia dos volumes “finos” no mercado.

2 – Blade – A Lâmina do Imortal

De Hiroaki Samura

Em andamento com 28 volumes no Japão. Cancelado no Brasil pela Conrad com 38 meio-tankobon.

Publicado de 1993 até dias atuais.

Já comentei o quanto eu odeio esse nome que colocaram aqui no Brasil? Sério: ou é “Blade of the Immortal” ou é “A lâmina do Imortal”. ou melhor ainda “Mugen no Juunin” como no original. Precisava colocar esse nome que parece um filme dos anos 80 que passavam no SBT? Diferente dos outros 3 anteriores, Blade está aqui por causa dos grandes problemas que a falecida Conrad teve ao lançá-lo por aqui e não por causa do maldito formato meio tankobon. Tá também é por causa disso. Ele foi anunciado na época do auge do Dragon Ball, mas foi acabar saindo muito tempo depois, mudança de editores, diminuição da produção e cancelamento de mangás. Acabou que o mangá foi saindo quinzenalmente, depois foi indo e se arrastando, com promessas de continuação e… nada. Até que foi cancelado e indo pro limbo com a pobre Conrad. Mesmo assim, ainda tivemos 38 volumes lançados por aqui (16 volumes originais). Queria muito que essa ótima historia voltasse. Quem sabe não saísse para competir com um tal Samurai X? Ou até mesmo para ser um companheiro de editora. Com certeza Blade tem um apelo muito forte para o público jovem e a qualidade do mangá é sensacional. Com um bom marketing, poderia fazer um bom retorno.

1 – Akira

De Katsuhiro Otomo.

Completo com 6 volumes no Japão. 38 volumes no Brasil pela Globo.

Publicado de 1982 até 1990.

Akira é um dos mangás japoneses mais conhecidos no mundo, muito por causa da famosa animação de mesmo nome e até mesmo as pessoas que não gostam das tais receitas japonesas, consideram que ele tem ótima história. Então porque ainda não resolveram voltar a publicar Akira aqui no Brasil? Reza a lenda que o autor não permite mais que sua obra seja publicada fora do Japão por ele considerar o traço datado (eu posso bater nesse cara?) e esse seria um dos empecilhos. Nos EUA, porém, o mangá teve algumas versões que são de fazer inveja para qualquer um. Bem que valeria um esforço pra tentar convencer os japas, não acham? Só temos aquelas edições da editora Globo da década de 80 com 38 volumes (um capítulo por volume), colorido e com as páginas espelhadas para a leitura das pessoas que não estão acostumadas com a leitura de mangás. Já passou da hora de alguém trazer uma versão de verdade desse grande mangá. São apenas 6 volumes (com 400 páginas cada, detalhes) e com certeza seria uma aposta certa para as editoras nacionais em um material de luxo para livrarias.

0,5 – Shaman King

De Hiroyuki Takei

Completo com 32 volumes no Japão. 64 volumes no Brasil pela JBC.

Publicado de 1998 até 2004.

Esse mangá é um daqueles que teremos que torcer muito para ser relançado no Brasil por um simples motivo: não sabemos o final da história – claro, há formas alternativas (internet) de conseguir isso. Shaman King foi publicado no Japão repleto de problemas pessoais do autor na sua fase final (cada um conta um boato diferente, desde separação até uso de drogas) e por esse motivo não teve um final publicado. A dor de cabeça foi tanta que fizeram um encerramento as pressas, o que deixou muitos fãs indignados. Em 2009, a Jump anunciou que o mangá seria relançado em uma edição definitiva com 16 capítulos inéditos contando o verdadeiro encerramento de Yoh e companhia. Tudo foi compilado em 27 volumes com um acabamento incrivelmente fantástico, de deixar qualquer fã babando – isso sem falar no redesenho de quase todos os quadros por Hiroyuki Takei. Hoje em dia, o mangá está recebendo uma continuação nas páginas da Jump Kai contando a história do filho de Yoh e nós… estamos sem nada. Seria uma ótima opção para a JBC (ou outra editora, vai saber) republicar a edição definitiva do mangá por essas bandas. Shaman King ainda tem muitos fãs e seria um gancho perfeito para uma publicação de Flowers e dos materiais existentes da série. Não custa nada sonhar.

por Dih e Luk

Luk

Eu juro que gosto de animes, apesar de todo o meu haterismo.