Diria que meu gosto é meio… Estranho?
Pois bem, antes de contribuir com mais um Hall da Fama aqui estou eu com um post um pouco diferente do que costumo escrever por aqui hoje. Desta vez estou participando da pequena série de postagens sobre as séries favoritas de cada redator do ChuNan, inaugurada há pouco tempo pelo Luk.
Para ser honesta, elaborar um Top com meus animes favoritos descrevendo um pouco do porquê gostar tanto deles era algo que já planejava fazer há algum tempo, para ter como alguma “referência”; acredito que um Top de favoritos seja uma boa forma de aproximar os leitores do gosto pessoal de um redator. Eu, por exemplo, tenho preferência por animes que tenham personagens que me façam me importar com o que acontece a eles e uma narrativa que combine e realce a impressão deixada pela história.
Sem mais delongas, vamos lá!
5 – Mahou Shoujo Madoka Magica
Com direção de Shinbo Akiyuki
2011 foi meu ano de começar a assistir alguns animes por temporada. Lembro-me de que a primeira lista de estreias conferi foi a de janeiro, mas o medo de arriscar algo novo na época sem muitas referências me fez acompanhar apenas Bakuman (que estava na metade da primeira temporada) e Gosick. Acabei deixando de acompanhar semanalmente o anime que foi um dos estouros do ano: Mahou Shoujo Madoka Magica. Maratonei apenas depois da chuva de elogios que surgiram após sua conclusão.
O resultado: Madoka valeu muito mais a pena do que eu esperava. Da animação criativa e colorida e trilha sonora encantadora da Yuki Kajiura a qualidade da história e execução elaborada, Madoka me cativa não só por trazer um novo ponto de vista ao gênero mahou shoujo mas principalmente por saber contar com precisão sua história em um tempo curto. Em apenas 12 episódios o roteiro de Gen Urobochi e a direção de Shinbo Akiyuki conseguiram trazer personagens bem representados e com papéis bem definidos, conceitos interessantes e um ritmo que não desperdiçou um minuto sequer nem deixou de prender a atenção em qualquer momento. Eu não poderia pedir mais desse anime. Não mesmo.
4 – Durarara!!
Com direção de Takahiro Omori
Vamos começar com a heresia: eu gosto mais de Durarara!! do que de Baccano!. Não é exatamente um pensamento muito popular… Afinal, destas duas criações do autor de light novels Ryohgo Narita, Baccano! é aquele conhecido por ter a melhor adaptação em anime, com maior precisão na narrativa cheia de personagens e acontecimentos interligados do que Durarara!!.
Mas cara, não consigo não gostar mais de DRRR. O estilo narrativo do autor é sempre muito acima da média, e neste anime os personagens parecem receber um tratamento melhor, são mais carismáticos. Celty é a motoqueira inumana com um coração de ouro; Izaya é o canalha cheio de esquemas mais divertido de se odiar; Shizuo é uma espécie de Chuck Norris do universo dos animes, mas tudo o que quer é ter uma vida tranquila. Esses são os melhores, mas tem mais outros. É o tipo de anime que dá vontade de rever várias cenas à noite quando quiser encerrar o dia com um sorriso no rosto; pura diversão bem bolada.
3 – Fullmetal Alchemist
De autoria de Hiromu Arakawa
Eu imagino que muitos leitores desse blog começaram a acompanhar animes na internet após conhecer títulos que popularizaram na TV aberta. Posso dizer que comecei assim também, mas não foram os velhos conhecidos Naruto e Pokémon, por exemplo, que me incentivaram a entrar de vez no fandom; o que me deixou realmente cativada pelo que a animação japonesa é capaz foram os OVAs de Record of Lodoss War e, principalmente, o primeiro anime de Fullmetal Alchemist, transmitido na RedeTV em 2006.
Incluo FMA na lista pensando nos dois animes e no mangá. As duas “versões” da história dos irmãos Elric movem-se com um excelente aproveitamento de elementos do steampunk e do battle shounen para apresentar um elenco de personagens plenamente desenvolvidos e um show de ideias sobre sacrifícios e amadurecimento. Palmas para Hiromu Arakawa por criar uma história tão popular que nem por isso deixa de ser extremamente rica.
2 – Wolf’s Rain
Com direção de Tensai Okamura
Este aqui é provavelmente o anime mais “hipster” do Top (pra ser honesta ligo menos do que parece para esse tipo de classificação, mas para quem quiser ter alguma referência, aí está). Um dos clássicos do estúdio Bones, Wolf’s Rain é o tipo de anime que ou você achará muito bonito, poético e interessante, ou passará sono assistindo. Bem óbvio que me encaixo no primeiro caso, não?
O fato é que, apesar de seu ritmo lento, Wolf’s Rain nunca me entediava enquanto assistia; pelo contrário, alguns episódios até pareciam passar mais rápido e me deixavam curiosa pelo próximo. A série é preenchida em cada momento por uma forte carga emocional; os dramas, as tragédias pós-apocalípticas e a presença forte da natureza ao redor dos personagens são apresentados de uma forma a envolver o espectador na busca de Kiba pelo Paraíso – e bem, funcionou perfeitamente comigo.
Claro, o anime tem um problema grave em seus quatro episódios de recapitulação, mas o final contado nos OVAs mais do que compensa isso, entregando um dos finais “abertos” que mais tive gosto de assistir. Sim, muita gente não gosta do final de Wolf’s Rain, mas a meu ver ele se encaixa tão bem no contexto de sobrevivência da série que eu nunca desejaria diferente. É o que completa o anime como uma experiência cheia de reflexões.
1 – Darker Than Black: Kuro no Keiyakusha
Darker Than Black foi um dos “animes de ouro” que descobri na época em que frequentava a Comunidade Animespirit (ainda volto a frequentar lá, para matar a saudade de algumas pessoas…), junto de outros como Code Geass, Death Note e Angel Beats!. Era um anime querido por algumas amigas, então resolvi dar uma chance.
Agora, talvez eu seja uma pessoa estranha. Conheço várias obras excelentes e com histórias mais completas, mas meu anime favorito é a primeira temporada de Darker Than Black (Não, não estou contando a segunda temporada também aqui) cuja história tem alguns “pontos incompletos”. Mas o fato é que DtB é um anime que me dá vontade de reassistir várias vezes, e a cada vez aprecio mais. É um anime com algumas explicações faltando – ou melhor dizendo, muito subentendidas – sim, mas o essencial da série é contado com maestria: cada mini-arco conta com interessante carga psicológica e contribui para a construção dos temas de “como seria um undo com seres com superpoderes?” e do foco principal da série, que envolve o desenvolvimento de Hei e a convivência entre humanos e contratantes. Tem estilo, bons personagens e uma série de coisas a se pensar; praticamente atinge vários dos meus “pontos fracos” que me levam a ter simpatia por um anime. Adoro e recomendo.
Bem, essas são minhas cinco séries favoritas. Agora, seria bacana ver os Top 5 de vocês, e também o que vocês pensam das séries que listei aqui, se quiserem.
por Mary