Madara não consegue fazer xixi se tiver alguém o observando.
Vilões em Naruto: ficando sem moral desde 1999.
Naruto 622
O outro lado
Estamos num passado distante, na infância de Madara e Hashirama, vendo como eles se conheceram casualmente na beira de um rio. Madara era apenas uma criança brincando de atirar pedras na água, tentando fazê-las chegarem até a outra margem. E isso provocou cenas muito engraçadas – até difíceis de imaginar no Madara que conhecemos.
O Uchiha surta com a presença de Hashirama, que o estaria atrapalhando (ele diz que não consegue nem fazer xixi se tiver alguém o observando XD) e o pobre Hashirama se deprime… e Madara pede desculpas e tenta animá-lo! Quem diria, hein?
Hashirama parece estar lá só pra zoar com a cara de Madara e sua falta de habilidade de jogar uma simples pedra do outro lado do rio – até mesmo quando Madara o ameaça de jogá-lo no rio, Hashi diz que espera que consiga chegar ao outro lado XD
Enquanto eles discutem, um corpo aparece boiando no rio, e é Hashirama que vai verificar do que se trata – e com sua habilidade de se manter em pé sobre a água, Madara subtende que ele é um shinobi. Os dois se separam, ambos concluindo que são ninjas e que por isso não disseram seus sobrenomes; mas ainda assim, algo os ligava…
Hashirama volta para onde está sua família – pai e irmãos – e descobre que um jovem de apenas 7 anos, Kawarama, morreu na guerra. De acordo com seu pai, a guerra só terminará quando um dos lados for exterminado, pois o caminho para a paz é feito com morte e guerra. Hashirama porém, não aceita isso facilmente, questionando se este caminho será feito através do sangue de crianças inocentes, o que o faz ser esbofeteado pelo seu pai. Ele fala sobre a honra de morrer como um ninja, mas Hashi não gosta nada dessa ideia e o responde, dizendo que eles chamam os outros de selvagens, mas acabam fazendo a mesma coisa com suas crianças. Seu pai responde que criar um filho como um verdadeiro shinobi é a melhor prova de amor, mas para Hashirama, criar um shinobi para morrer não deveria ser o único caminho e que é um ideal completamente distorcido. Ele quase apanha novamente de seu pai, mas Tobirama intervém em favor do irmão.
Os três irmãos então discutem os caminhos do mundo ninja e Tobirama acredita que os shinobis deveriam negociar uma trégua, reprimir seus sentimentos de vingança e criar leis que impeçam guerras sem sentido. Enquanto Hashirama se pergunta se uma aliança seria possível algum dia, a história avança… e vemos que os irmãos Senju perderam seu irmão mais novo, Itama, nessa mesma guerra, morto pelos Uchihas.
É nesse contexo que acontece o reencontro entre Hashirama e Madara. Na beira do mesmo rio, Hashirama está perdido em pensamentos, quando Madara aparece novamente e lhe pergunta o que aconteceu. E vemos o Uchiha sendo incrivelmente fofo (não tem outra palavra pra definir, é isso mesmo lol), querendo conversar e ajudar Hashirama a se sentir melhor – o próprio Madara fala que estava tentando ser atencioso e companheiro, quem sou eu pra negar XD
Hashirama fala da morte de seu irmão e de como ir até aquele rio parece levar a tristeza da perda embora. Ao perguntar se Madara tinha irmãos, ele descobre que o Uchiha também perdeu irmãos na guerra, e que compartilha de seu pensamento que os shinobis deveriam deixar o orgulho de lado e formar alianças para evitar as guerras. E enquanto diz à Hashirama que espera que alguém encontre um caminho, numa daquelas bonitas analogias que Kishimoto adora fazer, Madara finalmente consegue atirar a pedra do outro lado do rio.
Eu sei que vocês não gostam de flashbacks – ok, pelo menos muitos de vocês. Mas além de serem necessários, tenho pra mim que esse flashback de Hashirama e Madara irá ficar cada vez mais interessante. Esse capítulo mesmo já teve sua importância, mostrando que nem mesmo Madara nasceu “estragado” ou “mau”: ele já foi amigo, companheiro, divertido e até sem noção – certas atitudes dele me lembraram muito o Naruto, até mais que o Hashirama. Descobrimos também que além de terem um pai intransigente, os irmãos Senju eram três; Itama morreu ainda muito jovem, o que deixou marcas em Hashirama e com certeza manteve seus ideais vivos.
É interessante ver também que, a partir do momento que Hashirama e Madara não sabiam um a origem do outro, eles puderam criar um laço inicial, pois não havia o peso dos clãs inimigos. E como Madara, um dia, também teve o mesmo sonho de paz de Hashirama. Outro ponto curioso foi vê-los iniciando uma “amizade” na beira de um rio… e a grande luta que deu origem ao Vale do Fim também foi em um rio, com cada um em uma margem. Claro, provavelmente o passado de Hashirama e Madara foi feito para encaixar com a cena no Vale, mas gosto de pontuar os simbolismos que Kishimoto espalha pela história.
O flashback deve continuar essa semana, provavelmente avançando alguns anos no tempo e quem sabe chegando já à formação de Konoha. Em breve devemos chegar ao ponto que Hashirama e Madara seguiram por ideais diferentes e o motivo que os levou a isso… E vocês vão me desculpar, mas estou doida para que apareça a Mito Uzumaki na história, porque quero saber se parte dessa rivalidade foi ocasionada por uma mulher (já ouço parte do fandom masculino se rasgando, desculpe lol).
Até a próxima!