Minha irmãzinha não pode ser tão CHATA assim.
Atenção: Para quem não sabe esse post se trata da análise do primeiro episódio da segunda temporada de Ore no Imouto ga Konnani Kawaii Wake ga Nai. Tendo em vista que a primeira temporada tem o mesmo nome, podem haver confusões.
Comecei a ver a primeira temporada de OreImo por causa do plot, uma otaku hardcore que adora eroges poderia mostrar um outro lado dessa cultura que eu já tinha visto com Genshiken e poderia ser interessante. Logo nos primeiros episódios eu comecei a perceber que não veria muito disso e que eu criei uma espécie de hype para uma história que tinha muito potencial apenas na minha cabeça. Mesmo assim eu continuei assistindo por algum motivo (magia negra provavelmente) e não sei até hoje porque “gostava” daquilo. E em 2013 chega a segunda temporada, será que mudou alguma coisa?
“A história de OreImo é bem simples. Kyousuke Kousaka é um garoto de 17 anos que não consegue uma ter uma relação legal com sua irmã mais nova , Kirino, a garota sempre o ignora e o olhava até mesmo com certo desprezo. Até que um dia ele acaba encontrando uma caixa de DVD sobre um anime de Garotas Mágicas que na verdade guardava um Eroge. (Um “jogo para Adultos”) É com essa descoberta que a relação entre Kirino e Kyousuke começa a melhorar, depois que o garoto descobre que sua irmã é uma viciada em bishoujos lolicons e animes moe.”
Bom, o primeiro episódio começa com a Kirino de volta ao Japão e a relação entre os irmãos parece que não progrediu absolutamente nada. NADA. A garota continua a mesma insuportável, mimada do início do anime e isso já foi começando a me incomodar. Mas graças a Deus mudaram o foco no meio do episódio e começaram a mostrar novamente os personagens que eu tenho interesse em seu desenvolvimento. Eu quero saber mais da Saori, quero saber como vai ficar a relação entre o Kousaka e a KuroNeko e como isso vai afetar a sua amizade com a Tamura. Só que claro: temos que voltar a protagonista e temos o mesmo que já vimos anteriormente na primeira temporada: Irmão quer a atenção dela e a garota o usa como empregado para carregar suas sacolas.
O engraçado sobre OreImo é que a Kirino deveria ser uma personagem responsável para mover a trama, mas a garota não consegue trazer carisma nenhum para a história e torna os episódios cada vez mais monótonos cada vez que aparece. Basicamente o que ela fazia durante toda a história era reclamar sobre bobagens, tratar seu irmão como um escravo para satisfazer suas vontades e pisar nas suas amigas e família. Os únicos momentos que a história parecia se mover quando a personagem estava em tela era no momento que mostrava a relação da garota com suas amigas, sejam elas as otakus ou as modelos. Fora os momentos de protagonismo em que a garota consegue fazer tudo, desde ser ótima no clube de atletismo até fazer um mangá de sucesso e transformá-lo em anime em poucos meses. (CHUPA PESSOAL DE BAKUMAN!)
Pra mim a força do anime são seus personagens secundários. É só ver como tudo melhora nos episódios que foram lançados como a “True Route”, onde a história fica mais focada entre a relação do Kousaka e a Kuroneko e a Kirino ficava de lado por estar nos EUA, algo que corrigiu um final filler. Eu gosto muito da KuroNeko, Saori, Tamura e até mesmo da Ayase é divertida com sua dupla personalidade bizarra. Fora isso o que me agrada também é a animação (do criticado ou elogiado A1-Pictures, de Sword Art Online e de Magi) e o design de personagens. Todos fazem um trabalho ótimo e o moe de OreImo não chega a me incomodar tanto.
Eu não faço idéia se recomendo esse anime. Com as devidas proporções, pra falar a verdade esse é o tipo de animação que me faz sentir tanta vergonha que eu vejo seus episódios com a porta trancada e meus pais provavelmente achariam que eu estou vendo um filme pornô. É um prato cheio pra quem curtiu a primeira temporada, já que não sei se vão desenvolver muito a história e quem gosta desse tipo de história pode acompanhar sem medo. Só não vão achando que vai ser um novo Genshiken, vocês vão acabar caindo no mesmo buraco negro que eu estou agora…
