My name is Gon Freecss. My name is Killua Zoldyck. What’s your name?
Oi, eu sou Goku. Não, pera. Deixando as piadinhas de lado chegamos ao segundo episódio de Chimera Ant. E novamente um episódio bem morno. Em alguns momentos chego a pensar que o 76 e o 77 poderiam ter se tornado um episódio só tranquilamente. Algumas explicações e apresentações poderiam ser enxugadas e etc, mas aparentemente não foi a decisão do diretor. Enfim.
Hunter x Hunter 2011 #77
“Unease × and × Sighting”
Esse episódio de Hunter x Hunter foi rigidamente dividido em duas metades. A primeira, retomando o papo de Gon e Killua com Kaito. Como eu havia dito no post anterior, apresentaram as formigas de uma maneira levemente diferente do mangá para os pivetes. Mas nesse “contornaram” a situação e até que o resultado acabou “dando na mesma”. Kaito faz parte de uma equipe de investigação de novas espécies de animais e entre os seus estudos estão as Chimera Ants. Ele apresenta a sua equipe de pesquisa (eles não serão lá grandes personagens posteriormente) e explica o perigo das formiguinhas.
Novamente repito que essa parte ficou bem mais detalhada do que no mangá. Em alguns momentos eu até achei um pouquinho cansativo a forma como optaram em fazer no anime, mas não é algo que chega a atrapalhar o ritmo do episódio em si, pelo contrário. É interessante prestar atenção na explicação sobre tudo que for dito sobre as formigas porque realmente terá a ver com o futuro do arco. Também estão explorando mais o lado “Hunter” de Gon (e Killua, mesmo sem destaque ainda). Reparem como parecem estar tentando “humanizar” mais a relação entre Gon e Kaito e a semelhança com Ging. É o artifício encontrado pela direção para driblar os furos deixados anteriormente.
Bem, depois dessa primeira metade vamos para o que interessa. O que realmente fez esse episódio de Hunter x Hunter voar.
Lembram que eu havia dito que em Chimera Ant não existe felicidade, certo? Sempre algo muito ruim acontece. Sempre bate aquela sensação de desespero em relação a algo. Pois bem, agora já fomos recepcionados pela fome da Rainha de devorar seres mais poderosos para dar vida à um ser mais forte – afinal ela vai dar a luz ao Rei, a criatura mais poderosa de todas. Ela consegue perceber (mesmo sendo burrinha) que de acordo com o que ela se alimenta ela vai criando “soldados” mais poderosos então a caça começa pra valer.
Somos apresentados a duas crianças random. Aqui o episódio consegue captar bem uma emoção sem usar isso como um fanservice forçado. O espectador é introduzido na vida das crianças e nas suas relações (mesmo que de forma simples) e… a Rainha vai lá e come os dois, que são raptados pelos soldados da mesma. É uma cena forte. Apesar do anime não mostrar cenas exageradamente violentas (vale lembrar que Hunter x Hunter passa em um horário que não permite grandes carnificinas) ele soube trabalhar bem isso. Você sente aquele momento e percebe que “a merda tá pra começar”.
A Rainha percebe que os humanos são o caminho para o sucesso da força e manda seus soldados em busca de mais da espécie. Ela quer ficar forte e para isso ela precisa da raça que seja aparentemente mais. Surge então Colt, um dos primeiros personagens importantes do arco. É agora que a raça humana será perseguida e o verdadeiro plano das Chimeras colocados em ação. E assim como dito nos comentários anteriores, tudo no episódio tenta passar essa sensação de “não tem pra onde fugir”. O clima pesado impulsionado pela trilha sonora, a paleta de cores… Hunter x Hunter definitivamente parece ter “começado de novo”.
Ainda deveremos ter mais dois episódios “mornos”, divididos como aconteceu nesse. Depois disso aguarde muitas mudanças bruscas. Acredito que até aqui Chimera Ant vem conseguindo manter o seu papel como boa samaritana ao produto original. Ainda há muito o que andar para ser elogiada ou não. Apenas não acho válida a desculpa “ain, esse remake não tem sangue”. Esse episódio mostrou que existem outras maneiras de se transmitir uma tensão e uma violência visual ao espectador. Afinal, que vem por agora?