Afinal, vem ou não vem?
A editora Nova Sampa causou um grande alvoroço ao informar que possui em mãos a licença de Slam Dunk. Mas ao mesmo tempo, muitos ficaram em dúvidas quanto a publicação do mangá com sua relação com Vagabond. Não conhece Slam Dunk? Ficou ausente desse universo por muito tempo? Então confira nosso review da série clicando na imagem.
A Nova Sampa conseguiu um contrato de exclusividade com Takehiko Inoue. Ou seja: O que for obra dele, tem chances de chegar ao nosso país pela editora. O grande empecilho é que estamos falando de Takehiko Inoue. Vagabond, Slam Dunk ou mesmo Real são mangás grandes e de editoras grandes no Japão, como Shueisha e Kodansha (apesar dos direitos serem negociados diretamente com o autor). Portanto é um projeto que demanda dinheiro.
Muitos se questionaram sobre Vagabond ter começado a sair em um formato de luxo (como o antigo da Conrad) e não em uma nova versão. Simples: Takehiko Inoue é exigente, como bem dito por Marcelo Del Greco na palestra. Todo o formato de Vagabond foi aprovado pessoalmente por ele. Ele queria assim, saiu assim. R$40 é um valor salgado para o consumidor, com certeza, mas R$30 na época da Conrad também era (e se pararmos para pensar na inflação de lá pra cá, o valor ainda está razoável). Mas enfim, não é esse o caso.
O caso é que Marcelo deixou bem claro na palestra que a vinda de Slam Dunk ou quem sabe Real, depende muito da recepção da Vagabond. Isso porque os próximos materiais que vierem do autor também virão em uma boa qualidade – não a mesma de Vagabond, pra deixar claro, mas algo com papel offset e bem caprichado. Custos são gerados, desde a impressão até a distribuição. Por isso o dinheiro precisa entrar e provar que o investimento pode valer a pena.
Claro que como fã que sou, também fico aflito com a situação. Apesar de achar Vagabond uma edição linda, sei também que ela não cabe no orçamento de qualquer um, mesmo com uma periodicidade maior. Também temos o fato dela ter retomado de onde parou no passado (edição 15 em diante) o que desestimulou muitos compradores. Nesse último caso, fomos aliviados com a notícia que a primeira edição deve chegar entre setembro e outubro ainda desse ano.
A licença de Slam Dunk está nas mãos da Nova Sampa. 50% do caminho está andado. A Nova Sampa parece estar se esforçando para atender públicos variados. Ainda tem muito o que percorrer, com certeza, mas tem títulos alternativos e que em algum momento podem ser interessantes pra alguém.
Sobre o formato de Slam Dunk: O mangá virá em algo que seja entre o kanzenban e uma “edição especial”, aos moldes da JBC. Provavelmente com o mesmo número de páginas do kanzenban, o que daria um número menor de edições no final. Nesse caso acho um ponto positivo. Além de relançar, coloca no mercado algo diferente do que já existia antes.
Vamos aguardar o decorrer do segundo semestre. Torcer muito. Mas Slam Dunk está cada vez mais próximo de retornar. Enquanto isso, ficamos com os anúncios já confirmados da editora.